quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tem a palavra o nosso pároco


A L E L U I A


Páscoa: a Festa de júbilo por excelência. Inicialmente! Podemos referi-la à presença e passagem de Javé-Deus para libertar Israel, o “Seu Povo escolhido”, da escravidão dos egípcios, celebrada, desde então, cada ano, com ritos especiais, como memorial e recordação dessa libertação prodigiosa.


No Novo Testamento: Jesus celebrou todos os anos, com a sua família e o povo, e seguindo os ritos tradicionais, a Festa da Páscoa. Mas foi particularmente na Última Ceia, com os Seus Discípulos, que começou a dar-lhe um novo sentido, a Nova Páscoa, tornando-se Ele o “cordeiro pascal”.


Sim, a seguir a esta Última Ceia, começa a etapa final do mistério da Redenção (a libertação de todos os povos do poder do pecado, e abrindo as portas, pelo Seu Sacrifício, para nos tornarmos em filhos de Deus): o que Ele realiza e sofre no Jardim das Oliveiras, no julgamento religioso e civil, na condenação à morte, no caminho do Calvário, na Sua dolorosíssima agonia e morte na Cruz…


- E qual é a Nova Páscoa? Pregão Pascal. “Passado o Sábado, ao alvorecer do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro… O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: “Nada receeis; sei que buscais a Jesus crucificado. Não está aqui, pois ressuscitou como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia, e ide depressa dizer aos Seus discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos’” [passou da morte à vida…] (Mt 28, 1 e ss; Mc 16, 1…; Lc 24, 1…; Jo 20, 1…). “Na tarde desse dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa, onde os discípulos se achavam juntos, com medo dos judeus, veio Jesus pôr-Se no meio deles e disse-lhes: ‘A Paz esteja convosco’. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Alegraram-se os discípulos, vendo o Senhor. E Ele disse-lhes de novo: ‘A Paz esteja convosco’ (Jo 20, 19-21)”.


Sagrada Paixão e Morte do Senhor Jesus – Sepulcro vazio – Testemunhas da Ressurreição – Alegria dos Discípulos vendo o Senhor Ressuscitado e recebendo a saudação da Paz… Aleluia! Aleluia! Aleluia!!! Seguramente foi visto em todo o mundo: os meios de comunicação no-lo apresentaram. Uma daquelas equipas que foi ao Haiti para cooperar, nas terríveis situações da população que sofrera o terramoto, passada mais de uma semana, descobriu o corpo de uma criança, entre as ruínas de um prédio. Um dos voluntários tocou-lhe suavemente… a criança respirava, estava viva! Com todo o carinho e alegria, libertando-a suavemente do entulho que a encobria, levantou-a ao alto e mostrou-a aos que o rodeavam. Ressoou um aplauso emocionante…! Este grupo, testemunha desta “ressurreição da criança”, nunca mais esquecerá esse momento e agradecerão sempre a oportunidade que tiveram, mesmo com muitos sacrifícios, de ter libertado da morte um ser inocente… E Jesus, nosso Redentor, deu “a vida” por nós. – Não vibramos com a Sua Ressurreição?! Aleluia!


Igreja primitiva: “Fostes conduzidos até à piscina sagrada do divino baptismo, como Cristo descido da cruz, foi colocado dentro do sepulcro. E a cada um de vós foi perguntado se acreditava no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Vós professastes a fé da salvação… imergidos da água, por três vezes – o nosso Salvador esteve no seio da terra três dias e três noites – morrestes e nascestes, pois aquela água de salvação tornou-se para vós, ao mesmo tempo, sepulcro e mãe!” [Catequese de Jerusalém].

“Se Cristo está em vós… se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que habita em vós” (Rom 8, 10-11).


Vitória definitiva: Do mesmo modo que Jesus morreu pelos nossos pecados, ressuscitou também para nos fazer justos. Este por nós manifesta, desde agora, toda a sua actualiddae: pelo Baptismo abriram-se para nós as portas da entrada no mistério da Morte e da Ressurreição de Cristo. – Sentimo-nos enxertados neste mistério…? – E que frutos de vida e testemunho cristão estamos a produzir…?


A L E L U I A!!!

P. José Maneiro, missionário redentorista

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